Aos de interesse,
Cc.: Aos caríssimos Joaquim e Machado.
Sendo sincero, sempre penso que é mentira.
__________
Ontem depois de calorosa discussão presenciei e pincei, frase central, da agonia de alguém que buscava num argumento vazio, quase inverossímil, alguma coerência, ledo engano, o dela. Daquela pessoa. Invocar o pai ou mãe não a faz melhor, embora nitidamente ela se sinta. Mas de certo a experiência só tem valia para quem a viveu, como haveria de valer o mórbido argumento, o tampão para o problema instaurado, para quem enfurecidamente a ouvia? Não haveria de ser e, de fato não foi, a tão esperada, deus-ex-machina, recurso apelativo do teatro, e nem a claque dos programas de humor da televisão, que claro, parte dos senhores não conheceram. Le pardon!
Mas, por uma questão de lisura, não vos escreverei, de forma direta, antes, porém, farei por entremeios, a fim de mascarar personagens que talvez os senhores conheçam. Afinal, meus senhores, em tempos tão difíceis, para o intelecto humano, o melhor, talvez, seja não personificar, não que se deva fazer uso de uma inautenticidade obscurantista, mas para manter o estado de espirito acalmado, seja, quiçá, esta, por agora, a melhor forma de relatar a cerne das coisas e dos acontecimentos.
Sendo bastante telegráfico, codificarei a seguir, com pequenos aforismos, quase proverbiais. É o que segue:
Distanciemo-nos em pensamentos e comunhões de almas, dessa gente que quando inclina-se a fazer o correto precisa externar uma posição fantasiosa, quase uma quimera, jamais vista, mas sempre exaltada, de forma a moldar o discurso como se toda a razão proviesse de si, do seu pensar e do seu existir.
Experiências que não tem, são mentirosos, nos mais variados casos.
Recife,PE- 07.12.2023
Taciano Minervino.